Nos últimos dias minha vida se resumiu
em me sentir em alguns momentos forte e em outros fraca, e assim os dias foram
acontecendo.
Depois de ter viajado, aproveitado
bastante, destralhado minha casa e minha vida, era hora de voltar ao batente
com o gás total (até porque não parei, só diminui o passo).
Então retomei alguns contatos que
deixei um pouco de lado, as vendas, treinamentos, enfim, as atividades. Minha
agenda toda lotada... mas acontece que as vezes fazemos um plano e DEUS faz
outro. De repende Duda começa a ter febre e a febre só aumentava, então começou
nossa correria para hospital, para depois de 4 dias descobrirmos que ela estava
com dengue, vocês não fazem ideia do desespero que eu fiquei quando ela foi
diagnosticada, pois infelizmente as notícias sobre a evolução da doença são
cada dia piores. Mas vou escrever um post só contando como foi este período.
Bom,foi ai que em um destes dias,
refletindo, vi minha vida como aquele famoso jogo: “Pedra, Papel, Tesoura”.
Acho que senão todos, a maioria o
conhece. Este jogo também conhecido como "Janken-pon", é um jogo de
mãos para dois ou mais jogadores, onde cada um forma um símbolo. A teoria clássica do jogo "Pedra,
papel, tesoura" sugere que se devem fazer jogadas totalmente aleatórias
para manter a imprevisibilidade e, portanto, não possibilitar que o adversário
preveja as jogadas seguintes.
Como assim Natália??? Vou explicar.
Neste jogo, como bem ilustra a figura
ao lado, Papel vence Pedra, que vence Tesoura que vence Papel. Ok, mas quando
estamos no jogo muitas vezes não escolhemos Papel por ele parecer o mais
frágil, mas é o único que vence a Pedra, que parece ser a mais forte, e destrói
a Tesoura de aço, que por sua vez estraçalha o Papel.
Na vida tem momentos que nos sentimos
Pedra, rocha inabalável. Estes são aqueles momentos em que achamos que podemos
enfrentar tudo, passar por todas as tribulações sozinhos, que conseguimos
resolver o mundo, porque a crença em nós mesmos ultrapassa o limite do racional
e nos faz sentir que somos uma máquina que tudo pode e tudo consegue. Mas ai
vem aquele Papel, normalmente aquela pessoa que se rasga atoa, que se amolece
por qualquer coisa, mas que deixa escrita sua própria história, e te envolve de
tal forma, que te deixa sem ação, sem chão, sem reação. Seja com uma palavra de
fé, uma palavra amiga, ou apenas um sorriso, ou um abraço, ou simplesmente
aquela pessoa vem e fica do seu lado, te embalando, quando você menos merece. Eu
estava em um momento que minha autoconfiança falava mais alto, onde realmente
eu me vi sozinha e achei que já era o suficiente para mim e para a minha filha.
Porque quando se passa por muitas guerras e consegui vencer muitas batalhas,
você começa a esquecer de que há sempre um exército e não apenas um soldado
lutando. Refiro-me neste caso principalmente à minha espiritualidade, precisava
me entregar mais às coisas de DEUS.
Mas também tem aqueles momentos que
somos papel, nos sentimos frágeis, qualquer coisa nos amolece, nosso coração
muitas vezes está rasgado ou até colado, emendado pelos acontecimentos da vida,
mas ai nos surge aquela tribulação que somente nós conseguimos resolver, e
então pegamos o problema e o embalamos com facilidade, tirando de letra. E foi
assim comigo após ter descoberto a dengue de Duda, por exemplo. Não me lembro
de dias de tanta aflição. Desde que ela nasceu estes foram os piores dias, mas
quando eu achava que não tinha mais força para carrega-la, o meu braço se
fortalecia, quando eu achava que não aguentaria mais uma noite em claro, vinha
mais uma e outra e outra..., e assim fomos vencendo dia após dia.
E por fim, temos os momentos tesoura,
quando rasgamos tudo que vemos pela frente. Vejo dois momentos como tesoura, aquele
que rasgamos de nossas vidas aquilo que não agrega, que nos faz mal, ou que simplesmente
não faz falta, e ai abrimos caminho para o novo. Novos ares, novos horizontes,
novos caminhos. E aqueles momentos em que nos transformamos em tesoura no
sentido pejorativo, pois começamos a rasgar as coisas boas que existem em nós,
nos tornamos amargos ou infelizes, e pior ainda quando começamos a rasgar as
pessoas ao nosso redor com nossa língua afiada, com nossos maldizeres, com
intrigas, fofocas, ou simplesmente porque não era conveniente. Percebi que
nestes dias de tanta tribulação, me fechei para o mundo, queria resolver tudo
sozinha, e ai comecei a cortar as pessoas, podar literalmente, não precisava de
palpites. Mas confesso que na maioria das vezes foi uma escolha boa, pois às
vezes você tem que parar e ouvir a sua razão, seu coração e não o palpite das
pessoas, até porque tem muita gente que se aproxima só para saber da sua vida e
finge estar ajudando. Estas com certeza não acompanham o blog Vida Divertida,
rssss.
Então, pensando nestas “jogadas da
vida”, percebi que neste período eu realmente fui “Pedra, Papel e Tesoura”.
Algumas pessoas neste período chegaram
até a mim, e realmente foram algumas, e me disseram que me admiravam porque
sempre me acharam frágil demais, e de repende perceberam o quanto eu sou forte
e como tenho enfrentado a vida com garra e força. Vou dizer a vocês o mesmo que
respondi a elas: “Não se esqueçam de que fragilidade não é sinônimo de
fraqueza. O vidro é frágil porque se cair quebra com facilidade, mas é
altamente perigoso quebrado. Eu continuo sendo frágil, me emociono fácil, tenho
a voz doce, sou paciente, e passei a vida toda acreditando em contos de fadas
(acho que ainda acredito), mas sempre lutei pelos meus sonhos e objetivos. Enfrento
a vida de frente, porque é mais fácil matar um leão por dia do que dez deles
depois de um período.”
Por isso, prefiro hoje dizer que sou “Pedra,
Papel e Tesoura”, porque como você vai me encontrar vai depender do momento que
eu estou vivendo.
"Sou frágil o suficiente para uma
palavra me machucar, como sou forte o bastante para uma palavra me ressuscitar."
Bartolomeu Campos de Queirós
Bartolomeu Campos de Queirós
E
para encerrar, a noite de ontem foi foguete... terminou em uma open fantástica
com Bruno Brancalion e ao lado de pessoas incríveis. #Retomandoostrabalhos
E
foi assim...
By,
Natália Gonçalves
Mãe, empreendedora, blogueira e dona
de casa
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