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terça-feira, 19 de abril de 2016

163º dia: Ser você é o bastante?

Como disse no último post, devemos buscar o caminho da felicidade, do que nos completa, que nos dá gratidão.

Mas como fazer isso quando ser você mesma não é o bastante?

Imagem do Google

Quem ai nunca se autocriticou, ou avaliou dizendo: EU NÃO SOU O SUFICIENTE, OU O BASTANTE!

Esta autoanálise pode ser muito construtiva quando pensamos nesta frase em busca de mudança e de aceitar que estamos em construção. Mas o grande problema é que a maioria das pessoas preferem pensar nesta frase e simplesmente guarda-la em um cantinho eterno da memória, e sempre que tentam ou pensam em tentar fazer algo novo vem a auto sabotagem e te diz: NÃO, EU NÃO POSSO, EU NÃO SOU BOM O SUFICIENTE.

Deixe-me contar uma parte da minha história há vocês. Para quem me conhece hoje, e principalmente a pouco tempo deve pensar assim “Nossa, mas esta menina é muito comunicativa”, ou então, “Credo, ela fala demais!” Pois bem... nem sempre foi assim, acreditem.

Foto Pessoal
Eu sempre fui uma garota extremamente tímida. Lembro-me da minha mãe contando que eu só ficava perto dela, me escondia das pessoas, mas ai a minha mãe, super heroína, resolveu me levar para iniciar um tratamento psicológico, em uma época que as pessoas ainda tinha o preconceito que psicólogo era somente para doidos, e assim todos me achavam doida... Mal sabiam que o bom da vida são as loucuras, no bom sentido.

E este tratamento foi crucial para o meu desenvolvimento. Bom se vocês me perguntarem o que a psicóloga fez eu vou dizer: NADA, porque foi exatamente isso. Me lembro que eu ia para as sessões chorando horrores, porque era 1 hora sentada de frente para uma estranha, em uma sala toda espelhada e uma mesa no meio com uma caixa embrulhada com papel um papel florido onde havia lápis, folhas, revista, massinha... mas eu era muito tímida e não conseguia conversar com aquela estranha, e muito menos abrir a caixa, então eu contava quantas florzinhas tinham no embrulho (nunca acabei de contar). Com o passar do tempo comecei a pensar, eu preciso contar alguma coisa para ela, e contava o que achava conveniente, mas ainda sobrava tempo, e eu voltava a contar florzinhas... até que um dia eu cansei de contar as florzinhas e comecei a contar e a inventar histórias para ela (igual no desenho, O Mundo de Boby), até que o tempo acabasse.

De uma coisa eu tenho certeza, se hoje eu falo muito é graças aquela infeliz que ficava muda à sessão toda (rssss).

Imagem do Google
Porque estou contando isso a você? Porque até esta altura o que eu mais fazia era me auto sabotar (as vezes ainda faço). Toda vez que tinha prova na escola eu tinha crises horríveis de bronquite. Todos queriam ser meus amigos, mas meus amigos nunca eram o suficiente, eu queria ainda aqueles que não eram. Nunca me achei a mais bonita da turma, a mais inteligente, a mais popular, enfim... eu nunca era o suficiente para mim.

Não sei como, mas sei que aquelas sessões mudaram a minha vida, e claro o apoio da minha mãe que sempre me disse: Você é linda, você pode, você consegui. E a partir de então eu comecei a trabalhar isso na minha mente.

Claro que ao longo do caminho eu encontrei muitas pessoas que tentaram me fazer voltar àquela teoria inicial, de que eu não era suficiente, mas tive a graça de encontrar muitas outras que me disseram VOCÊ É ESPECIAL! E isso me fez seguir adiante.

Imagem do Google

Se você ainda não encontrou ninguém que te diga isso, eu digo agora: VOCÊ É ESPECIAL! E este talento que tem guardado ai é só seu e de mais ninguém, mostre-o, lapide-o, VOCÊ PODE!

Lembre-se que o seu o seu propósito de vida principal é SER VOCÊ! Então se você nasceu macieira e tentar dar bananas, realmente não vai dar certo, por isso a primeira pergunta que precisa se fazer é: “Você sabe quem é você? Você sabe o que quer e para onde quer ir?” Se você conseguir responder estas perguntas, ótimo, você já está no caminho certo, senão, é hora de parar e refletir sobre sua vida.

Imagem do Google
A vida não é um corredor por onde apenas se passa, ela é mais que isso, é uma estrada que ao longo de seu trecho encontrará obstáculos, cruzamentos, declives, lindas paisagem e outras nem tanto. Mas certamente esta estrada terá limites e se encontrará com outras, e é essencial que ela saiba lidar e respeitar cada um destes detalhes para assim garantir seu bom tráfego e uma boa viagem.

Hoje sei que não sou a melhor mãe, a melhor filha, a melhor amiga, irmã, companheira, enfim, tenho certeza que não sou a melhor em nada, mas tenho a convicção que faço o meu melhor e estou em construção. Reconheço meus limites e é dentro deles que tento trabalhar a minha felicidade.

O medo de não ser bom o bastante nos paralisa, impede que a gente faça aquilo que quer fazer, força a gente a dizer sim pros outros quando a gente deveria dizer não, e tem mais um monte de consequências negativas pra nossa vida. E o mais importante, ele impede que a gente cumpra o nosso Propósito de vida.

Se você está se identificando com este medo que é tão comum, não se desespere, chegou a hora de retira-lo da frente e retomar as rédeas da sua vida. E ai, você topa?

By,

Natália Gonçalves

Mãe, empreendedora, blogueirae dona de casa

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