Porque muitas vezes não aceitamos as
coisas do jeito que devem ser, mas queremos que sejam da nossa forma?
Você já parou para pensar o quanto
você já sofreu simplesmente porque as coisas não saíram como você esperavam ou
simplesmente porque alguém não fez alguma coisa que achamos que deveria ter
feito?
Nos últimos dois anos tenho estudado
muito sobre como me reconectar, como recomeçar e principalmente, tenho me
dedicado, mesmo nos momentos mais difíceis, a exercer a gratidão.
As vezes percebo o quanto as pessoas
ficam decepcionadas porque não agimos como elas esperavam. E na verdade esta
decepção nada tem a ver conosco, mas sim com o pré-julgamento que ela mesma
criou sobre algo ou alguém.
Falando sobre mim mesma, sempre tive
uma imensa dificuldade de dizer não as pessoas, sem me dar conta que a cada sim
forçado que eu dava a alguém era um imenso não que estava dando a mim mesma. Já
pensou nisso? Tenso.
Ainda tenho dificuldades de dizer não
em algumas ocasiões, mas quando decidi que eu queria empreender minha vida (e
entenda, EMPREENDER é acreditar em um sonho, em um ideal), eu tive que dizer
muitos NÃO’s, ou então eu não seguiria o meu propósito.
Isso é fácil? Não, é muito doloroso,
mas é preciso.
Às vezes temos que lidar com situações
em que você enxerga o todo, mas o outro só está vendo o próprio umbigo, mas
você não pode prejudicar o todo apenas para satisfazer um umbigo, quem dizer,
uma pessoa ou uma situação. E ai, vem aquele não que você sabe que é necessário,
mas que o outro receberá como uma “faca pelas costas”. Como eu sei disso? Eu já
estive dos dois lados.
Quer um exemplo simples: AS mães são
responsáveis pela visão de mundo de seus filhos, e para que eles cresçam é
preciso que ele saiba receber SIM’s da vida, mas principalmente os NÃO’s, e aí
ela começa a exercitar isso no cotidiano da criança. Gente, como é difícil.
Tenho trabalhado isso com Duda, e
olha, as vezes este NÃO doe mais em mim do que nela, que vai chorar um pouco,
mas logo vai brincar e se esquecer. E eu, estarei lá pensando “poxa, era
simples, eu podia ter dito um sim hoje.” Mas não posso me esquecer que este SIM
ingênuo pode se transformar em um hábito ruim depois.
Então, o que eu espero de mim e de
você é que tenhamos sabedoria de aceitar os SIM’s e os NÃO’s da vida, das
pessoas, das situações. E que ao invés de tentar tirar o mais negativo disso,
fazendo nossos próprios julgamentos, nós possamos exercer a gratidão, porque
com certeza o universo conspira para o bem, sim, para o seu bem, e nada está
onde não deva estar.
Ou é porque a sua jornada naquele
caminho já acabou, ou porque ela precisa ser pausada, ou porque é preciso
aprender algo.
Enfim, pare de lidar com seus
pensamentos auto destrutivos, que te desviam da verdadeira essência das coisas
e comece a ouvir mais o seu coração, a sua intuição. Às vezes o nosso coração
nos diz, “calma, você está sendo injusto”, mas a nossa razão diz, “não, isso é
só para te derrubar”. Saia do escuro do julgamento.
A sua verdadeira luz brilhará quando
você deixar que outras luzes também brilhem com você, e você não precisa estar
encima do pedestal para que isso aconteça. Pelo contrário, se você se colocar
no mesmo plano das demais luzes, a intensidade do seu brilho será muito maior.
Então, não ao negativismo, não às
picuinhas, não as indiretas (que inclusive te infantilizam) e sim a você, à sua
cara limpa, sim a verdade e o que ela realmente representa. Pois algumas vezes
nos sentiremos sim desconfortáveis com algumas situações e até não saberemos
qual é a voz da razão e a do coração. E neste momentos, que tal jogarmos limpo,
com nós mesmo e com os outros. Afinal, se sabemos quem realmente somos, e o que
queremos, será fácil explicar nossas ações ou reconhecer a do próximo. O que
não dá, e para mim definitivamente não dá, é para ficar convivendo com a dúvida
ou com o incômodo: Será que fulano disse isso para mim? Será que esta situação
é para me prejudicar? Precisamos ser gratos, e com este desconforto é bem
difícil. Porque ele nos prende, nos encapsula em nossos medos, em nossos
“achismos”.
Afinal, como já disse em outras
ocasiões, viver no universo do SIM, é não querer sair da nossa zona de
conforto, a mesma que nos impedi de crescer, de ver além.
Por isso, bora viver intensamente os
NÃO’s que a vida nos reserva, porque neles estão os grandes ensinamentos, as
grandes verdades, e a real descoberta de si.
Natália Gonçalves
Mãe, empreendedora e blogueira
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