Assim como a maioria das mães, se não todas, tem dias que me sinto uma Super Mãe, mas em outros, um fracasso. Sabe aqueles dias que você sai de casa cedo, trabalha o dia todo, mas chega em casa cheia de pique, brinca, fazer um super lanche, consegui cumprir todas as suas metas em relação ao filho (?!) bom estes são os dias que me sinto Super Mãe. Nestes dias parece que minha pequena dorme com um sorriso no rosto e aí eu durmo com uma paz de espírito inexplicável. Mas tem aqueles dias que saio de casa cedo, trabalho o dia todo, encontro muitas pedras pelo caminho e chego em casa pela metade, cansada, sem pique, sem vontade, sem forças, também tem aqueles dias que até chego bem, mas ao me deparar com ela (minha filha), vejo que ela não esta bem, esta irritada, doente, cansada, sem disposição, meu caros, nestes dias me deito desanimada, com o coração partido, como se estivesse perdido a batalha.
E
então, sempre me pego fazendo estas reflexões: Porque e para que me culpar
tanto? Como mudar estes dias e faze-los mais cheios de animo? Por que...
Como... Por que... Como...
E,
em um destes dias, encontrei um texto que me retrata, e acredito que muitas de
vocês mamães também vão se ler nele. Não sou a primeira a posta-lo e espero não
ser a última, porque esta realidade se renova a cada dia, rsss... Mas não podia
perder a oportunidade de compartilhar com você uma forma de sentirmos um pouco
menos de culpa. Aqui está este lindo e inspirador texto:
Não sou uma mãe politicamente correta
Tem dias que eu me esqueço de dar o
Adtil
E quando eles resolvem ficar doentes
juntos, às vezes eu confundo os remédios, as dosagens, os horários. È verdade,
já dei remédio trocado. Pior! Teve vezes que nem trocado foi, não dei mesmo,
esqueci.
Tem dias que os deixo dormir sem escovar
os dentes e sem tomar banho. Quando me dou conta, já foi.
Tem outros que o almoço é o pastel da
feira com caldo de cana e o jantar é a pizza. Tudo isso no mesmo dia.
Tem dias que eu cedo ao miojo.
E tem outros que eu escondo o final da
barra de chocolate para comer escondida, sozinha.
Tem dias também que eu chantageio,
barganho, negocio o feijão do prato com um doce de sobremesa.
E é à frente da TV que às vezes eles
comem
Tem dias que eu faço suco de pozinho só
para não ter o trabalho de descascar a fruta e AINDA ter que lavar o
liquidificador, tudo por preguiça.
Quase todas as noites eles dormem na
minha cama e não, eu não os devolvo para as devidas camas. Ou porque estou
muito cansada pra fazer isso, ou porque eu quero dormir abraçada com eles.
Tem dias que eu peço para eles pararem
de gritar, gritando.
E, desculpa Xuxa, tem dias que eu dou
umas palmadas no bumbum deles, só para os chamarem a razão e deixar claro que
ultrapassaram os limites.
Mas se quer saber Xuxa, tem dias que eu
coloco o seu DVD para garantir o mínimo da manutenção da minha dignidade. Você
se ocupa em hipnotiza-los com aquelas baboseiras e assim, eu consigo , pelo
menos, escovar os dentes.
Tem dias que eu não sou justa. Faço mais
pra um do que pra outro. Dou mais atenção pra um do que pra outro. Exijo mais
de um do que do outro. Cedo as birras e choros de um do que do outro.
Tem dias que o que eu mais queria era
ser repórter correspondente do Japão e só falar com eles pelo Skype. Ou que
eles fizessem um passeio de volta ao mundo no balão e voltar daqui uns 10 anos.
Teve dias que eu me esqueci de ler a
agenda da escola, de fazer a lição de casa, de mandar o lanche, a lancheira e
até errar o dia de volta as aulas eu já errei.
Já assisti à novela das oito na
companhia deles.
Já soltei uns belos palavrões no
trânsito com eles no carro.
E quando termina esses dias, as vezes eu
me angustio, me frustro e me entristeço, afinal, que tipo de mãe eu sou?
E isso acontece porque ninguém me
ensinou, não li em lugar nenhum, não vi em nenhum documentário que mãe também pode
ter um deslize de preguiça, de descuido, de praticidade.
Ninguém me disse que às vezes isso tudo
pesa, que a gente enche o saco de tudo, que a gente se enche deles, só as
vezes.
Não me preparei pra isso. Pensei que
fosse pecado.
Em todos os sites que me cadastrei
quando engravidei, em todas as edições da Crescer, da Pais & Filhos que li
, em todos os blogs e grupos de maternidade que naveguei, vi que não bastava
ter parto normal, o que vale mesmo é o natural e humanizado e olha que eu tive
3 partos normais, mas mesmo assim não foi bastante. Me disseram que tinha que
amamentar EXCLUSIVAMENTE até o 6 º mês, que só podia oferecer os produtos
orgânicos, que não podia colocar açúcar na comida doce e nem sal na comida
salgada deles, que eles só podiam escutar o Palavra Cantada e que tinham que
aprender a dormir sozinho aos 6 meses.
Ninguém me disse que ás vezes, só por
alguns instantes, que nada disso faz sentido, ou até pode continuar fazendo,
mas tem dias que simplesmente a gente tem o direito de não querer faze-lo.
Temos esse direito da transgressão, isso
ninguém nos avisou.
Eu aviso: nós podemos.
E com isso eu devo admitir que sou Reú
Confesso e por isso eu peço, não Tim Maia eu não peço pra voltar, eu só peço
para me absolverem.
#eumeabsolvo
“Da perfeição da Vida: Por que prender a
vida em conceitos e normas? O Belo e o Feio…O Bom e o Mau…Dor e Prazer. Tudo,
afinal, são formas e não degraus do Ser!
Por Natália Gonçalves
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